Saiba como deve avaliar um PPR 7 de dezembro de 2023 Um Plano Poupança Reforma (PPR) é um instrumento financeiro que deve fazer parte da sua estratégia de poupança e/ou de investimento. Para escolher o mais adequado para si, a primeira pergunta a fazer é: quais são os seus objetivos financeiros? Constituir uma almofada financeira para complementar a sua pensão de velhice no futuro? Ou, por outro lado, constituir uma poupança a médio prazo para, num determinado período de tempo beneficiar, por exemplo, de juros superiores aos de um simples depósito a prazo? Outra questão que não deve descurar é o seu perfil de investidor. Ou seja, é avesso ao risco ou sente-se confortável em arriscar um pouco se isso significar um ganho maior? Responder a cada uma destas questões ajudá-lo-á a escolher o PPR mais adequado para o seu caso. E se na comparação de ofertas convém saber exatamente o que procura, também é necessário estar bem informado sobre as suas opções. Que tipos de PPR existem? Há dois tipos de Planos Poupança Reforma: os seguros PPR e os fundos PPR. Os seguros PPR são a modalidade mais comum. O dinheiro é aplicado pela seguradora num fundo autónomo que, por norma, oferece garantia de capital e um rendimento mínimo. É uma opção de investimento conservadora e, talvez por isso, a mais popular entre os portugueses. Os fundos PPR, por sua vez, são geridos por sociedades gestoras de ativos. O seu funcionamento é muito semelhante aos fundos de investimento mobiliários, em que o capital é expresso em unidades de participação. É uma opção de investimento mais arrojada, pois nem o capital investido nem a rentabilidade são garantidos. Todavia, em termos de rendimento potencial, os fundos oferecem ganhos mais elevados do que os seguros PPR. E como não há regra sem exceção, convém também saber que há fundos PPR que oferecem garantia de capital, tal como há seguros PPR, como os unit linked, que estão associados a fundos de investimento. O PPR Mais Banco CTT é uma destas modalidades de seguro. Como funciona o PPR Mais Banco CTT O PPR Mais Banco CTT é um Plano Poupança Reforma da Seguradora Zurich. É comercializado pelo Banco CTT e trata-se de um seguro de vida ligado a fundos de investimento ou unit linked. É destinado a quem pretende constituir uma almofada financeira para a reforma e que esteja disposto a arriscar um pouco para ter uma maior rentabilidade no futuro. Tem a particularidade de permitir a subscrição e entregas suplementares a partir de 250€ e não tem quaisquer encargos de subscrição ou de resgate para investimentos superiores a 6 meses. Outra vantagem do PPR Mais Banco CTT diz respeito às entregas programadas a partir de 50€ por mês, que permitem reforçar e fazer crescer a sua poupança. A comissão de gestão anual é de 1,2% e pode ser resgatado a qualquer momento, desde que nas condições definidas na lei - para não perder os benefícios fiscais associados. É possível fazer o resgate antecipado do PPR sem penalizações? Se não fez deduções à coleta e, por isso, não usufruiu dos benefícios fiscais associados aos PPR, então pode resgatar o seu Plano de Poupança Reforma quando quiser e sem quaisquer penalizações. Se tiver beneficiado das vantagens fiscais, o resgate antecipado sem penalizações só é possível se feito nas condições previstas na lei. Quais os benefícios fiscais dos PPR? Consoante a idade de quem subscreve um PPR, a poupança fiscal pode traduzir-se num montante de até 400€ por ano. Aliás, declarar entregas suplementares do PPR no IRS dá direito a um benefício fiscal de 20% do valor investido. O montante máximo da dedução é que varia em função da idade: Menos de 35 anos pode deduzir até 400€, desde que aplique 2000€ no PPR, nesse ano; Entre 35 e 50 anos, o limite máximo admitido é 350€, desde que aplique 1750€; A partir dos 50 anos, pode deduzir até 300€, desde que aplique 1500€. Tributação favorável no resgate Outra das principais vantagens do PPR prende-se com a tributação favorável à saída. Vamos supor que, por opção, não declarou o PPR no IRS e, por isso, não tirou partido dos benefícios fiscais. Ainda assim, terá de ser tributado pelo rendimento obtido, ainda que possa beneficiar de uma taxa reduzida. Deste modo, em vez da taxa de 28% aplicada à generalidade dos produtos de poupança, se tiver o PPR há mais de 8 anos pagará uma taxa de 8,6%. Entre 5 e 8 anos, a taxa será de 17,2 % e de 21,5% se proceder ao resgate antes do quinto ano de contrato. Outros fatores a ter em consideração antes de escolher um PPR Além dos seus objetivos financeiros e do perfil de investidor, na escolha de um PPR deve ainda olhar para as comissões associadas: as de subscrição, de gestão e de resgate. Por exemplo, se o seu objetivo for rentabilizar o seu dinheiro por um curto período de tempo, talvez faça sentido escolher um PPR que tenha uma comissão de resgate antecipado mais baixa. E nestes termos, não deve declarar o PPR no IRS.